sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Mané


De Manoel para Manel
De Manel para Mané
São passes dele pra ele mesmo
Num gingado das suas pernas tortas

Correndo pela beirada torta do nosso litoral
Virou paixão nacional
Todos são Manés, eu sou Mané
Mas só há um Mané

Não o Manoel português
Não o Manoel padeiro
É o Manoel que tratam Garrincha
É o amor da bola e dos campos

A paixão inabalável e imortal
Velho e mal das pernas, ainda tortas
Tirou sorrisos às custas do próprio sofrimento
Pobre homem torto, o anjo endiabrado

Era feliz com a bola, pois só ela o entendia
Ninguém mais saberia
Bebeu, fingiu, amou, jogou
Era um pássaro que voava sem se preocupar

Foi caçado e hoje está extinto
Só podemos ouvir seu canto através de contos
Pobre Manoel, Manel, Mané
O pássaro Garrincha

Hailton Andrade

2 comentários:

Anônimo disse...

hsaiuhsaiuashiushiuashiuas... e o autor tem as pernas parecidas com a do mestre - foi o que você me disse... confiei.
beeeeeeijo!

ps: tenho que me lembrar de passar mais vezes por aqui... deixar de ser antisocial. :*

Mila Botto disse...

Demais como tudo que você escreve, sou sua fã, sabe né?

Beijos amor!