quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Silenciosamente

Escrevo essa música pra você
E toco no meu violão sem cordas
Pois sem pestana
Já que a letra não tem samba

É o amor sem barulho
A calmaria que silencia
Sem palavras a dizer
Tudo a ser dito, foi
Restam-nos olhares

Hailton Andrade

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mudanças a vir

Eu que sempre fui tão certo
Diferente e coerente
Hoje me tratam de gente
Sim, eu também erro

Na busca por explicações
Esqueço de tudo
Ou não lembro de nada
São tantas classificações
Perdi minha vida pacata

Chorar, sofrer, fazer
Me dói machucar
Vivo magoando

Um tal de Cartola me disse
‘Todos erram nesse mundo
Não há exceção’

Mas afirmo
Nunca foi essa minha pretensão
Apenas sigo essa mocidade sem norte
Assim chegaremos à morte

Contudo, mudarei meu rumo
Comprei outro mapa
Vou-me embora

Encontrarei o amor
Preciso chegar logo
Tenho muita vergonha e humilhação
Perder de novo, não

O medo tem ditado meu caminho
E escolhido minhas escolhas
Sem me deixar não escolher

Muito tempo passou
Cresci e não cai
Meus prantos precisam de consolação

Está decidido, foi fácil demais
Agora é só alegria e amor
Com todo o pudor
Eu vou que vou
Só não posso ir sozinho

Hailton Andrade