quarta-feira, 15 de abril de 2009

Explicar, não dá

Poeta de olhos fechados
Mal acordei de um sonho bom
A noite, sua presença

No dia em que a lua se enchia
Tentava se esconder e não ver
Ela nos queria sós

O mundo parou, as orquestras se calaram
Ninguém exaltava nada
Éramos Adão e Eva de novo

Um quarto fechado
Poluído com a beleza do amor
Com a conversa do silêncio

Sua pele à meia-luz
Meus olhos ao natural
Fomos o devidamente ser

Eu disse tudo, menos teu nome
Entoado em cada batida
Do meu coração ou suspiro no ar

Hailton Andrade