Despertei ainda com sono. Levantei para ir ao banheiro. Bebi água logo em seguida. Era 7h20 e, após 20 minutos, voltei para cama. Não demorei a dormir. A cortina do meu quarto me ajudou a imaginar que o dia havia terminado ao evitar a entrada de raios do sol pela janela. Quando o sono acabou de verdade o dia alcançava sua metade e o relógio marcava 12h. Levantei outra vez e repeti o ritual. Sentei no sofá e liguei a TV. Sem perceber, abocanhei meu sanduíche de queijo e mortadela. Pouco a pouco bebi a taça de café. Zapeei, mexi no celular e logo vi que já eram quase 15h. Perdi três horas do dia e não me lembrava o que acabara de fazer. Decidi lavar os pratos acumulados do dia anterior. Coloquei música no celular e o tempo passou. Tomei banho e pouco depois vi o ponteiro do relógio chegar às 18h. Meus pais chegaram do trabalho. Conversei duas palavras com eles antes de cada um ir fazer o que tinha de fazer. Eu fui o primeiro a sair da sala. Jantei. Assisti ao jornal e me entreguei ao celular mais uma vez. O dia chegou às 22h. Era hora de fazer algo, ser produtivo. Enquanto pensava, o relógio me assustou. O dia acabou. Eram 2h da manhã e o sono voltou. Mais um dia passou e eu nem percebi. Será que amanhã também será assim?
Hailton Andrade