Caído no gramado da dor
Noto que o juiz errou
Sequer cartão saiu
Nem pedir pra sair pediu
O crime das quatro linhas é anti-arte
Perde o time, perde o torcedor
Ganha quem é odiado pela bola
Brucutu, saravá e nunca mais
A ginga, o drible, a fantasia
Quero mais craques, ou seria demais?
Pelo fim da correria, da força física
Digo que fico, fico com a razão do gol
Daquele que age e depois, se quiser, pensa
Corre, sai, marca, aparece, deixa, marca
Jamais defende
A rede balança, faz chorar e rir
O povo vira povo
A arquibancada treme, o chão sai do lugar
Nascem, siamesas, alegria e tristeza
Assim é o futebol, tem que ser
Hailton Andrade
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