terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ciúme Masculino

Sentimos ciúme
Da última mulher que dançamos
Vendo-a ser convidada a bailar por outro

Sentimos ciúme
Da prostituta que pagamos
Vendo-a ser paga por outro

Sentimos ciúme
Da garota que vimos passar
Vendo-a ser olhada por outro

Sentimos ciúme
Daquela amada por nós
Vendo-a ser amada por si mesma

Hailton Andrade

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Doce Pontiagudo

Seu mel me envenenou
Você me enganou, machucou
Nos enganamos

Eu queria
Você hesitava
Ai você quis, cedeu

Eu me entreguei
Mas nada recebi
Apenas queria a mão

Companhia amiga
Nada tive
Você não sabe ser

Penso ainda
Como findou
Tudo inacabado, errado

Hailton Andrade

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Gripe Noturna

É noite
Coloco uma camisa imaginando o frio
Vou para rede com minha cabeça a mil

Uma noite
Clima quente e não frio
E ela, a gripe, consumindo-me sem piedade

Ainda é noite
Tento da gripe me livrar
Inutilmente, pois não paro de nela pensar

A noite continua
Conformo-me, pensar nela faz bem
Só tê-la no pensar não é bem bem

Hailton Andrade

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Rosainha

Maravilha rosa
No sorriso enlouqueceu-me
Felicitou meu interior angustiado

Fez-me perceber o coração
Agora rosa, antes vermelho
Sangue que virou algodão doce

Rosamente maravilhado estou
Brilhantemente harmônico ela me deixou
Libertou-me de mim

Hailton Andrade

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Meu primeiro Samba

O samba não morreu, jamais
O samba de raiz
Não desapareceu

A indústria cultural
Nunca será maior
O amor que tenho pelo samba
É incondicional
O amor ao samba
É fenomenal

O samba não morreu, jamais
O samba de raiz
Não desapareceu

O samba serve pra sambar
Sambar, amar
Amar, sambar

É tão sincero
Digo, a magia não morreu
E... nem... morrerá...

Hailton Andrade