sábado, 22 de setembro de 2007

Tristeza singela e pesada

- Triste porque amigo?
- Tanta coisa me perturba cara, não consigo explicar para ninguém o que estou passando.
- Eu sei o que há com você, é mulher né?!
- Antes fosse, elas não são problema para mim.
- Se acha hein?!
- Só fui sincero. Lidar com mulher eu sei.
- Tá bem, não está mais aqui quem falou. Então, deixe me ver, você está mal na faculdade.
- Preocupação eu tenho, é verdade. Todavia, minhas notas estão boas até agora.
- Ah, acabei de me lembrar. Você sempre fica assim quando não consegue escrever.
- Pode ser, quando não consigo me expressar... sinto-me frustrado.
- Deixa disso cara, vamos tomar um chope.
- Não me entenda mal. Não quero sair.
- Vamos lá, vamos encher a cara. Num instante você esquece tudo de ruim.
- Eu aqui carregando o sentimento do mundo e você... Nem vale a pena.
- Que porra! Você tá passando seu mal-estar pra mim véi.
- Cai fora então.
- Olha pra esse... Eu aqui querendo ajudar. Foda-se. Fui.
- Já vai tarde.

- Que bom, livrei-me daquele subconsciente desgraçado. Vê se pode, só porque ele tem acesso a dados da minha mente, acha que pode persuadir, manipular ou influenciar o gênio aqui. Agora voltarei ao meu gozo. Voltarei a pensar em tudo de ruim que há nesse mundo vazio e sem nexo. Voltarei a matar minha sede, minha fome.

sábado, 8 de setembro de 2007

Impossível

Parar de comprar
Parar de concordar
Parar de aprender
Parar de esquecer
Parar de ser
Parar...

Fingimos que não queremos parar...

Assim continuamos a pensar que somos livres.

Hailton Andrade