sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Carta à toa

A vida nos surpreende, mas não à toa
É preciso ir onde há coisa boa
Só ao lado de certas pessoas
É que a gente consegue ser à toa
Sem ao menos conhecer a estranheza
A mesma dos encontros perdidos
Como ser surpreendido?
Estive no México há algumas semanas
Lá encontrei alguns amigos
Os quais jamais havia visto
Reconheci todos eles pela maneira como falavam
Cada um com seu idioma
Não esperava ver tanta gente
Tão, menos ou mais à toa
Não foi uma surpresa das grandes
Mas é legal saber o quão bom pode ser esse mundo
No meu caminho pisei em pedras
Também nele me deparei com flores
No fim tudo valeu a pena, ou mais
Agora é ir de novo para qualquer lugar
Em busca se coisas boas
De pessoas amigas, mesmo desconhecidas
De sentir de novo a beleza
Essa coisa de estar à toa

Hailton Andrade

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Labuta

A busca incessante pelo que fazer
Ter tão pouco para se estressar
Viver livre para descobrir
Que inveja a viagem me dá

Ela não posso ser
Há tanta coisa que eu queria mudar
Porém sei, é impossível fugir
Das responsabilidades que o mundo me dá

Parece que não, mas tento prover
Tudo para quem quer se aventurar
Nem todos querem ir
Isso me deixa tão... Sabe-se lá

Hailton Andrade

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Palavra excluída

Não é muito diferente
Mas ninguém me entende
Não sei como me expressar
Às vezes passo do ponto
Entro em transe
E volto perdido um segundo depois
Falando em depois
Como é bom rever o tempo
Lento, sem correr
Faz algum tempo, não sei precisar
Decidi excluir
Uma derivação desse verbo veloz
Só do meu vocabulário
Como é bom tê-lo esquecido
Ao menos hoje

Hailton Andrade