Eu que sempre fui tão certo
Diferente e coerente
Hoje me tratam de gente
Sim, eu também erro
Na busca por explicações
Esqueço de tudo
Ou não lembro de nada
São tantas classificações
Perdi minha vida pacata
Chorar, sofrer, fazer
Me dói machucar
Vivo magoando
Um tal de Cartola me disse
‘Todos erram nesse mundo
Não há exceção’
Mas afirmo
Nunca foi essa minha pretensão
Apenas sigo essa mocidade sem norte
Assim chegaremos à morte
Contudo, mudarei meu rumo
Comprei outro mapa
Vou-me embora
Encontrarei o amor
Preciso chegar logo
Tenho muita vergonha e humilhação
Perder de novo, não
O medo tem ditado meu caminho
E escolhido minhas escolhas
Sem me deixar não escolher
Muito tempo passou
Cresci e não cai
Meus prantos precisam de consolação
Está decidido, foi fácil demais
Agora é só alegria e amor
Com todo o pudor
Eu vou que vou
Só não posso ir sozinho
Hailton Andrade
Um comentário:
Só para variar, eu amei esse texto. Verdadeiro e bonito, bonito de doer.
Beijos, te amo.
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