Quando a sutileza bate a minha porta
Procuro ser gentil
É como atender uma Morena-Ruiva
Que tem sorriso raro
Se é pra fazer eu largo
Valeu... Valeu...
Com ela saio
E não volto mais
O sentido de uma praia
Um sol e a lua sem a Morena-Ruiva
Não há, não dá
Não há
Hailton Andrade
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Samba que conta
Eu não terminei de escrever o nosso amor
Tem momentos tristes
É normal, é um casal
Este samba não acabou
Ainda tá pra começar
Com toda emoção que tem a praia e o violão
O sol apareceu, mas o milagre não é meu
Fez o temporal passar
E o nosso clima esquentar
É na bossa, é na vida que vamos caminhar
Se você me sorri
Eu tenho tudo pra te dar
Formosa como és, minha namorada
Ganho um olhar e posso chorar
Coisas de alegria passarei a sonhar
Há muito a acontecer na vida
Sem você, eu acho que nada terá graça
Contigo nesta esfera chamada Terra eu sigo
São tantas coisas
Como eu disse
Eu não terminei de escrever o nosso amor
Hailton Andrade
Tem momentos tristes
É normal, é um casal
Este samba não acabou
Ainda tá pra começar
Com toda emoção que tem a praia e o violão
O sol apareceu, mas o milagre não é meu
Fez o temporal passar
E o nosso clima esquentar
É na bossa, é na vida que vamos caminhar
Se você me sorri
Eu tenho tudo pra te dar
Formosa como és, minha namorada
Ganho um olhar e posso chorar
Coisas de alegria passarei a sonhar
Há muito a acontecer na vida
Sem você, eu acho que nada terá graça
Contigo nesta esfera chamada Terra eu sigo
São tantas coisas
Como eu disse
Eu não terminei de escrever o nosso amor
Hailton Andrade
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Sem se pôr
Vou cansado à capital
Encontrar o meu amor
Não há como impedir
Sou forte, apesar da carne que me falta
Resisto fielmente ao fato
Preguiça só tenho pra estudar
Até leio e anoto os dias sem pôr-do-sol
Era dia de finados
Respeito, guri
Nem bebi, só me embriaguei
Que beleza de xodó
O universo se curva
Pega meu cobertor e se enrola
Enquanto nos olham namorar
Beijos cá e lá
Hailton Andrade
Encontrar o meu amor
Não há como impedir
Sou forte, apesar da carne que me falta
Resisto fielmente ao fato
Preguiça só tenho pra estudar
Até leio e anoto os dias sem pôr-do-sol
Era dia de finados
Respeito, guri
Nem bebi, só me embriaguei
Que beleza de xodó
O universo se curva
Pega meu cobertor e se enrola
Enquanto nos olham namorar
Beijos cá e lá
Hailton Andrade
domingo, 22 de novembro de 2009
Sai da boca
As vezes a gente diz demais
E fala o que não quer
Sabendo aquilo que não quis
Ouvindo alguém contar
Trocando verbos de lugar
É que eu não sei conjugar
Sem entender o conto de desabafar
Mas tô aí e aqui
No meu e seu silenciar
Pensando em falar
Pra dizer algo sobre o amor
Hailton Andrade
E fala o que não quer
Sabendo aquilo que não quis
Ouvindo alguém contar
Trocando verbos de lugar
É que eu não sei conjugar
Sem entender o conto de desabafar
Mas tô aí e aqui
No meu e seu silenciar
Pensando em falar
Pra dizer algo sobre o amor
Hailton Andrade
quarta-feira, 22 de julho de 2009
6 de Julho de 2009
É, companheiro
São 20 anos de vida
Não é brincadeira, não
Em todo esse tempo, muita coisa boa me aconteceu
Ruim também
É a beleza da imperfeição
Ademais, coisas passam
Sejam elas ruins ou boas
O aprendizado e as lembranças é que ficam
No entanto, fiz uma limpeza no meu ‘HD’
Esqueci tudo de negativo
A pasta tava cheia
Pra que mentir?
Mas algo me chamou à atenção
Na pasta da alegria, o último ano da minha vida está absoluto
Não que os arquivos sejam ordenados por data
Eu não gosto dessa classificação
Afinal, há anos o meu Bahia não é campeão
Tá tudo em ordem alfabética
E a letra C domina boa parte do espaço rígido
Sensível também, porque não?
Não há máquina pra durar 20 anos tão bem
Como o um sonhador de verdade
Hailton Andrade
São 20 anos de vida
Não é brincadeira, não
Em todo esse tempo, muita coisa boa me aconteceu
Ruim também
É a beleza da imperfeição
Ademais, coisas passam
Sejam elas ruins ou boas
O aprendizado e as lembranças é que ficam
No entanto, fiz uma limpeza no meu ‘HD’
Esqueci tudo de negativo
A pasta tava cheia
Pra que mentir?
Mas algo me chamou à atenção
Na pasta da alegria, o último ano da minha vida está absoluto
Não que os arquivos sejam ordenados por data
Eu não gosto dessa classificação
Afinal, há anos o meu Bahia não é campeão
Tá tudo em ordem alfabética
E a letra C domina boa parte do espaço rígido
Sensível também, porque não?
Não há máquina pra durar 20 anos tão bem
Como o um sonhador de verdade
Hailton Andrade
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Do jeito que ninguém quer
Penso como seria
Caso houvesse tentado
Recusado o que me foi dado
Tive momentos felizes, eu sei
No entanto, nada é o bastante
Diante de mim, há mágoas de arrependimento
Talvez eu fosse feliz do outro lado
Ao menos, menos triste
Ou tudo ao contrário
A vida só se define em clichês
É por isso, meu amigo
Que todos vão continuar sem saber
Um samba-canção pode até me acalmar
Uma bossa, quem sabe
E um forró, porque não?
Na minha terra se come pouco
Com muita gratidão
Parece que sou diferente
Como pouco do pouco
E demonstro total insatisfação
É que não consigo viver só de pão
Hailton Andrade
Caso houvesse tentado
Recusado o que me foi dado
Tive momentos felizes, eu sei
No entanto, nada é o bastante
Diante de mim, há mágoas de arrependimento
Talvez eu fosse feliz do outro lado
Ao menos, menos triste
Ou tudo ao contrário
A vida só se define em clichês
É por isso, meu amigo
Que todos vão continuar sem saber
Um samba-canção pode até me acalmar
Uma bossa, quem sabe
E um forró, porque não?
Na minha terra se come pouco
Com muita gratidão
Parece que sou diferente
Como pouco do pouco
E demonstro total insatisfação
É que não consigo viver só de pão
Hailton Andrade
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Explicar, não dá
Poeta de olhos fechados
Mal acordei de um sonho bom
A noite, sua presença
No dia em que a lua se enchia
Tentava se esconder e não ver
Ela nos queria sós
O mundo parou, as orquestras se calaram
Ninguém exaltava nada
Éramos Adão e Eva de novo
Um quarto fechado
Poluído com a beleza do amor
Com a conversa do silêncio
Sua pele à meia-luz
Meus olhos ao natural
Fomos o devidamente ser
Eu disse tudo, menos teu nome
Entoado em cada batida
Do meu coração ou suspiro no ar
Hailton Andrade
Mal acordei de um sonho bom
A noite, sua presença
No dia em que a lua se enchia
Tentava se esconder e não ver
Ela nos queria sós
O mundo parou, as orquestras se calaram
Ninguém exaltava nada
Éramos Adão e Eva de novo
Um quarto fechado
Poluído com a beleza do amor
Com a conversa do silêncio
Sua pele à meia-luz
Meus olhos ao natural
Fomos o devidamente ser
Eu disse tudo, menos teu nome
Entoado em cada batida
Do meu coração ou suspiro no ar
Hailton Andrade
segunda-feira, 30 de março de 2009
Tempo cutucado
Amor, cutucastes meu coração
Hoje fazes parte da minha história
Meu amor, tu és minha
Sois teu, somos de cada um
Estou vivendo sem hora
É, amor, meu tempo é seu
O relógio aponta para o teu
Coração, sei não, é você
Parece que a canção
De você, apareceu
Escrevi com tudo seu
Sem pensar, me entreguei
Se amei, não vou saber
Chorei de saudade, entender
Um amor surgiu em mim
De você, para você, amor
Hailton Andrade
Hoje fazes parte da minha história
Meu amor, tu és minha
Sois teu, somos de cada um
Estou vivendo sem hora
É, amor, meu tempo é seu
O relógio aponta para o teu
Coração, sei não, é você
Parece que a canção
De você, apareceu
Escrevi com tudo seu
Sem pensar, me entreguei
Se amei, não vou saber
Chorei de saudade, entender
Um amor surgiu em mim
De você, para você, amor
Hailton Andrade
domingo, 8 de março de 2009
Soneto do 8 de Março
Se choram, se sorriem, se beijam, se somem
São infinitamente belas
Na alegria ou na tristeza
É sempre possível notar beleza
Seres lindamente puros
De pele lisa ou tesa
São meus amores
São meus salvadores
Viver sem não é viver
Engrandecem o que chamamos de vida
Tudo é ruim demais sem a presença delas
As mulheres não desvendo
Apenas sei que estão ai
Só preciso saber como amá-las
Hailton Andrade
São infinitamente belas
Na alegria ou na tristeza
É sempre possível notar beleza
Seres lindamente puros
De pele lisa ou tesa
São meus amores
São meus salvadores
Viver sem não é viver
Engrandecem o que chamamos de vida
Tudo é ruim demais sem a presença delas
As mulheres não desvendo
Apenas sei que estão ai
Só preciso saber como amá-las
Hailton Andrade
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
As Minhas Únicas Mulheres
Uma linda
Outra chorona
Faz-se de vítima
E intimida
Gosta de música
Assiste a filmes
Se cala e fala
Tímida e calada
Mas a falante
Em momentos me ama
Noutros me destrata
Me esquece
É uma bala
Me mata
É um anjo
Leva-me
Não traz
Vai
Volta
Ama
Se corta
É sempre a mesma
Minha única
Com todas
Hailton Andrade
Outra chorona
Faz-se de vítima
E intimida
Gosta de música
Assiste a filmes
Se cala e fala
Tímida e calada
Mas a falante
Em momentos me ama
Noutros me destrata
Me esquece
É uma bala
Me mata
É um anjo
Leva-me
Não traz
Vai
Volta
Ama
Se corta
É sempre a mesma
Minha única
Com todas
Hailton Andrade
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Soneto Desequilibrado
Sempre fui tão sozinho, meu amor
Não fosse a companhia da labuta, o que poderia ser?
Ninguém suporta tanto sofrer
Alguém pra chamar de bem
Com ardor, todo amor dar sem dó nem dor
Um coração exaustivo
Em plena escravidão clamando por abolição
Ebulindo como um vulcão em erupção
Um amor prestes a se libertar
Não tema se entregar, pois assim não há amor
Só ama quem se dá sem dó nem dor
É, meu amor
Como amo e não sei viver sem ser amado
Com calor
Hailton Andrade
Não fosse a companhia da labuta, o que poderia ser?
Ninguém suporta tanto sofrer
Alguém pra chamar de bem
Com ardor, todo amor dar sem dó nem dor
Um coração exaustivo
Em plena escravidão clamando por abolição
Ebulindo como um vulcão em erupção
Um amor prestes a se libertar
Não tema se entregar, pois assim não há amor
Só ama quem se dá sem dó nem dor
É, meu amor
Como amo e não sei viver sem ser amado
Com calor
Hailton Andrade
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Mané
De Manoel para Manel
De Manel para Mané
São passes dele pra ele mesmo
Num gingado das suas pernas tortas
Correndo pela beirada torta do nosso litoral
Virou paixão nacional
Todos são Manés, eu sou Mané
Mas só há um Mané
Não o Manoel português
Não o Manoel padeiro
É o Manoel que tratam Garrincha
É o amor da bola e dos campos
A paixão inabalável e imortal
Velho e mal das pernas, ainda tortas
Tirou sorrisos às custas do próprio sofrimento
Pobre homem torto, o anjo endiabrado
Era feliz com a bola, pois só ela o entendia
Ninguém mais saberia
Bebeu, fingiu, amou, jogou
Era um pássaro que voava sem se preocupar
Foi caçado e hoje está extinto
Só podemos ouvir seu canto através de contos
Pobre Manoel, Manel, Mané
O pássaro Garrincha
Hailton Andrade
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